São Paulo, 02 de maio de 2011
O ato de comemoração do Dia do Trabalhador foi festejado em todo o país e reuniu cerca de 10 milhões de pessoas. O evento organizado pela Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), juntamente com a Força Sindical, Nova Central, CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), e UGT (União Geral dos Trabalhadores) foi marcado por shows, atos políticos e sorteios de carros e brindes.
O evento realizado em 200 cidades do país teve como tema a redução da jornada sem redução de salários; fim do fator previdenciário e valorização das aposentadorias; igualdade entre homens e mulheres; valorização do serviço público e do servidor público; trabalho decente; reforma agrária; educação; qualificação profissional e redução da taxa de juros. Durante o evento, os sindicalistas reforçaram que a participação e mobilização da popualção é muito importante para o país continuar avançando através da implantação de um projeto de desenvolvimento com valorização do trabalho.
O presidente da CGTB, Antonio Neto, reforça que os trabalhadores devem estar unidos para juntos conquistar novas vitórias. “Unidos somos fortes e podemos conquistar melhores condições de trabalho e salário. As centrais estão lutando para que os trabalhadores tenham mais emprego, saúde e educação”, ressalta. Além disso, Neto reforça ainda a necessidade de lutar contra a política de juros altos. “Nós não queremos jogar dinheiro fora com juros, temos que nos unir e mostrar que esse não é o melhor caminho. O caminho é o trabalho e o investimento na geração de empregos”, completa.
Para o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, a celebração da data é uma demonstração das conquistas dos trabalhadores. “A manifestação foi uma demonstração da força, garra e determinação das centrais. Este é um evento histórico e a Câmara Federal deve refletir e contemplar as reivindicações da classe trabalhadora”,enfatiza.
O vice-presidente da Federação Sindical Mundial (FSM), José Ortiz, assegura que a classe trabalhadora tem os mesmos interesses e anseios no Brasil e nos demais países da América Latina. “Todos estão unidos nessa luta contra o imperialismo e as consequências adversas da crise do capitalismo, que prejudica muito mais o trabalho do que o capital”, assegura.
Segundo o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, este é o momento de buscar melhores condições de trabalho para a categoria. “Temos um dos maiores índices de acidentes de trabalho do mundo, perto de 4%. Por isso o 1º de Maio é uma forma de organização para brigar pelos nossos direitos. Como saúde, segurança no trabalho e melhorias nos salários”, frisa.
O presidente UGT, Ricardo Patah, falou sobre as pautas de reivindicações dos trabalhadores. “Precisamos criar uma nova identidade para nosso discurso. Nós não podemos perder o foco, nem deixar de manifestar nossas reivindicações. Questões como a da melhora na qualificação dos profissionais e o fim do fator previdenciário para o cálculo das aposentadorias estão entre as principais pautas dos sindicatos”, acentua. O presidente da Força, Paulo Pereira, enalteceu a unidade das centrais e ressaltou a importância da Agenda da Classe Trabalhadores, documento unitário das centrais aprovado por aclamação durante a 2ª Conclat. “Como queremos emplacar a agenda dos trabalhadores no país, temos de estar preparados para ações contrárias que virão dos patrões e governo”, argumenta.
O presidente da CTB, Wagner Gomes, destacou que este ano será muito importante para os trabalhadores, já que entram na pauta de discussões temas como a redução da jornada, o fim do fator previdenciário, a valorização do trabalho, a criação de novos empregos. “A luta dos trabalhadores não é somente pelas 40 horas semanais, mas também pela concretização de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania, fortalecimento da nação e valorização do trabalho. O país pede a criação de novos empregos. E uma das medidas capaz de promover esse aumento da oferta é a redução da jornada de trabalho”, destaca. O presidente da Nova Central, José Calixto também destacou a importância na redução da jornada de trabalho. “Precisamos gerar mais empregos e implantar um trabalho decente, com o combate à precarização das condições de trabalho”, completa.
Sindpd participa do 1° de Maio no interior paulista
A data comemorativa que homenageia os trabalhadores foi celebrada pelo Sindpd em diversas cidades do interior de SP. Ribeirão Preto, Sorocaba, São José dos Campos, Santos, dentre outras, foram as cidades em que as Centrais Sindicais organizaram eventos que contaram com shows, serviços comunitários, assistência jurídica aos trabalhadores e sorteios recheados de prêmios.
Em Ribeirão Preto, a festa foi ao lado do Teatro Pedro II e durou o dia inteiro. Cerca de 10 mil trabalhadores estiveram no local. O Sindpd esteve ao lado da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), junto a Força Sindical, Nova Central, CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil), e UGT (União Geral dos Trabalhadores). A comemoração sorteou 50 prêmios, dentre eles um carro zero e quatro motos. Quem compareceu a comemoração também recebeu serviços preventivos de saúde em uma base instalada próximo ao local.
Segundo Walter Pereira Ponce, diretor do Sindpd em Ribeirão Preto, o evento teve uma repercussão positiva na cidade e contou com a participação de políticos influentes da região. “Recebemos a presença de vereadores e da prefeita de Ribeirão Preto. Além disso, o segmento musical escolhido agradou o público, que veio em massa prestigiar o dia do trabalhador”, comemora.
A festa das centrais sindicais (CGTB, Forca Sindical e CTB) em Sorocaba aconteceu no Clube Recreativo Campestre e começou por volta das 14h. Com a presença ativa do Sindpd, a comemoração contou com sorteio de duas motos, televisores, microondas dentre outros – além de atrações musicais, que animaram os cinco mil trabalhadores presentes. “O evento durou até as 21h com muita animação”, explica Luciano Gonçalves Porto, diretor da regional de Sorocaba.
Na cidade de Campinas/SP, o Sindpd realizou um café da manhã comemorativo no hotel Vila Rica, com a participação de nomes importantes da política como o prefeito da cidade, Hélio de Oliveira Santos, o ministro dos esportes, Orlando Silva, o presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo, Gerson Bitencourt, além de representantes da UGT, CTB e outros sindicalistas.
As atividades do dia do trabalhador se estenderam até o dia 2º de maio em Campinas. Nesta data foi realizado o Fórum Social do Trabalhador, no Teatro do Centro de Convivência, que contou com as presenças do prefeito e vice-prefeito da cidade, além do secretário do trabalho do Governo, Davi Zaia.
“A iniciativa visou encontrar formas para que os trabalhadores possam se qualificar para o mercado de trabalho, tendo acesso a Universidades Estaduais por meio de cursos noturnos, aumento na distribuição de bolsas e a criação de cursos técnicos”, analisa Loide Mara Valent Belchior, diretora do Sindpd.
Em São José dos Campos, a comemoração e manifestação da CGTB e Sindpd foi um pouco diferente. Os dirigentes do sindicato resolveram conversar com os trabalhadores durante a tradicional macarronada do Dia do Trabalho na cidade. Doze mil pessoas compareceram durante a distribuição da macarronada.
O evento contou com torneios esportivos, atrações regionais e vários shows musicais. Para o dirigente regional, João Baptista, a interação do sindicato com a festa foi importante para lembrar os trabalhadores dos objetivos que já foram conquistados e aqueles que ainda serão. “Dentro de uma celebração que a cidade adora fizemos uma manifestação, com faixas e bandeiras para retratar que o Dia do Trabalho precisa ser marcado também por lutas e conquistas”, ressalta.
Veja mais fotos do evento:
http://www.flickr.com/photos/antonio-neto/
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