São Paulo, 01 de agosto de 2011
Na contramão dos altos índices de assédio moral, há setores em que esse problema é menos frequente, como o de engenharia e o de tecnologia da informação.
O motivo, segundo os sindicatos das categorias, é a disputa do mercado por mão de obra qualificada. “Se um profissional não está satisfeito com a empresa, pode ir para a concorrente”, exemplifica Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo.
Segundo ele, faz dois anos que a entidade não recebe reclamações por assédio moral. “O engenheiro raramente passa indiferente por uma situação dessa porque sabe que tem o amparo do mercado”, explica Pinheiro.
No setor de tecnologia da informação, a situação é semelhante no caso de profissionais com alta qualificação, como cientistas da computação e analistas de sistemas.
“Profissionais de suporte e técnicos ainda são alvo da forte cobrança por resultados”, pondera Antônio Neto, presidente do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Estado de São Paulo).
O engenheiro de software Rafael Roquetto, 25, diz já ter tido problemas “sérios” com um empregador. Entre discordâncias por e-mail e no escritório, pediu demissão e foi para a empresa concorrente.
“Quero trabalhar em um lugar onde me sinta bem”, argumenta ele, que atualmente atua em uma companhia de tecnologia na Suécia.
Fonte caderno de empregos Folha de S. Paulo (Domingo – 31 de Julho de 2011)
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