O portal convergência comparou a negociação deste ano com a de 2011, quando não foi possível um acordo com o sindicato patronal e os trabalhadores de TI entraram em greve.
A negociação salarial dos trabalhadores de TI foi paralisada na quarta rodada, realizada na sexta-feira, 31/01. Segundo o comunicado do Sindpd – dos trabalhadores – ‘o acirramento dos ânimos foi motivado pela falta de respeito e pela demonstração cabal dos patrões de que não valorizam os profissionais, uma vez que os empresários se negam a dividir com os trabalhadores uma pequena parcela do lucro obtido no ano de 2013’.
No comunicado – divulgado no site do sindpd – os trabalhadores informam que o sindicato patronal chegou a esboçar um pequeno avanço com relação à última rodada: reajuste do auxílio creche, que passaria para 40% do piso normativo para empregados com filhos de até 24 meses e 30% para trabalhadores com crianças de 24 meses e um dia até 60 meses; obrigatoriedade de apresentação de PLR para empresas com mais de 10 empregados; reajustes de 6,5% nos salários e 6,7% nos pisos da categoria.
De acordo ainda com os trabalhadores, os representantes patronais alegam que não podem conceder aos profissionais de TI reajuste salarial maior e nem benefícios melhores para não prejudicar a manutenção dos empregos. "Quando os próprios empresários apregoam que há um déficit de 70 mil a 120 mil trabalhadores no país, falar em manter emprego é uma total falta de respeito. Exigem o máximo dos funcionários, mas na hora de valorizá-los, de dar um reajuste digno, um benefício importante, não fazem", afirma o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Segundo o Sindpd, a situação hoje é muito semelhante a de 2011, quando a categoria partiu para a greve e pavimentou o caminho para os principais avanços conquistados nos últimos dois anos. A única mudança que ocorreu neste período foi a integração e capacidade de mobilização do sindicato, fatores importantes numa situação de impasse como esta", finaliza Neto.
- Reajuste salarial de 6,5%;
- 6,7% de reajuste nos pisos salariais;
- Auxílio-creche no valor de 40% do piso normativo para empregados com filhos de até 24 meses e de 30% para trabalhadores com crianças com mais de 24 meses.
- Vale-refeição (VR) de R$14 para empresas com mais de 50 empregados;
- Obrigatoriedade de apresentação de proposta de participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) para empresas com mais de 10 empregados.
- Reajuste salarial de 8,8%;
- 10,3% de reajuste nos pisos salariais;
- Vale-refeição (VR) de, no mínimo, R$16 para todos os trabalhadores de TI, sem desconto, além de reajuste da categoria nos VRs acima do valor proposto;
- Licença maternidade de 180 dias;
- Obrigatoriedade de apresentação de proposta de participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR) para empresas com mais de 10 empregados, mas assegurar para 2015 a obrigatoriedade de todas as empresas de TI, independente do número de trabalhadores, apresentarem proposta. Também foi reivindicada a inclusão de um mecanismo jurídico para evitar o tipo de fraude em que o empresário divide a companhia em vários CNPJs para não cumprir a convenção coletiva.
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