São Paulo, 11 de Maio de 2011
Fonte: IDG News Service
Enquanto vão adotando computação em nuvem, os líderes de TI de todo o mundo estão se deparam cada vez mais com situações nas quais as habilidades de seus administradores de sistemas não são suficientes para gerenciar o novo ambiente tecnológico.
Em painel com CIOs, o executivo principal de tecnologia da Pitney Bowes, Greg Bouncontri, cravou que “o papel do profissional de TI está mudando profundamente”. O CIO do banco norte-americano Sun National, said Angelo Valletta, acrescenta que já um “novo conjunto de habilidades necessários com os quais as empresas ainda não contam”.
Os executivos acreditam que a nuvem vai padronizar infraestrutura, fazendo com que as áreas de TI gastem muito menos tempo gerenciando servidores, habilidades menos necessárias. Por outro lado, as pessoas precisam entender como as múltiplas ofertas de computação em nuvem podem se integrar e como podem ser usadas para beneficiar as organizações.
Bouncontri pontua que a sua equipe na Pitney Bowes se concentrava, tradicionalmente, em segurança e eficiência operacional. Agora, ela precisa encontrar maneiras de usar os serviços em nuvem como um “catalisador para o crescimento da companhia”.
Em outras palavras, os serviços em nuvem estão criando um ambiente mais competitivo para o banco. Bouncontri afirma que serviços como CRM, banco via internet e banco móvel já estão consistentemente enquadrados na tendência. Outros tipos de negócios também já sentem a pressão das novas soluções, que emergem diariamente pelas mãos de startups.
O CIO da companhia de comunicações Scholastic concorda. “O papel da TI será o da inovação”, diz. Hoje, as tarefas do CIO estão concentradas em gestão da informação usando processos consagrados na indústria, como CMMI e ITIL. No futuro, os líderes terão que pensar muito mais em inovação.
Os CIOs do painel destacaram, também, que a computação em nuvem vai exigir, ainda, muito mais habilidades de arquitetura do que comumente encontrados nas empresas, mudando toda a estrutura hierárquica da área.
De acordo com o vice-presidente de servidores e plataforma de nuvem da Microsoft, Bob Kelly, a computação em nuvem é uma ruptura para a indústria tão grande quando foi a ruptura de mainframes para o sistema cliente-servidor nos anos 1990. “Em uma mudança tão dramática, é natural essa mudança de habilidades necessárias”, avalia.
A arquitetura é destacada por conta da necessidade de integração. As pessoas estarão trabalhando em um mundo composto por diversos elementos diferentes e têm que pensar em como as partes podem ser unidas. Não se trata mais de implantações de recursos, é arquitetura na mais pura acepção da palavra.
“O ganho de maturidade dessas tecnologias nos levará para um ambiente com muito menos pessoas técnicas e com muito mais capacidade de projetar soluções. Muda totalmente o paradigma”, diz Bouncontri.
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