Iniciado nos Estados Unidos nos anos 1990, o movimento Outubro Rosa nasceu com o objetivo de estimular a participação da população no controle do câncer de mama. A iniciativa começou de maneira isolada, com ações e campanhas de prevenção e realização de mamografias durante todo o mês de outubro. O nome do projeto remete também à cor do laço que simboliza a luta contra a doença em todo o mundo.
No Brasil, o Outubro Rosa foi divulgado pela primeira vez em 2002, quando o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi iluminado com a cor característica da campanha e algumas instituições encamparam ações para conscientizar as mulheres sobre a importância de um diagnóstico precoce.
O câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo depois do câncer de pele não-melanoma. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença representa 25% dos novos casos a cada ano. Para 2015, a previsão é de 57.120 mil novos diagnósticos do tumor nas brasileiras. Em 2013, de acordo com o Inca, morreram 14.207 mulheres vítimas da doença no País.
Políticas públicas
O Brasil dispõe de legislação que garante a assistência aos pacientes diagnosticados com qualquer tipo de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A Lei nº 12.732/2012 determina que "o paciente com neoplasia maligna [câncer] receberá, gratuitamente no SUS todos os tratamentos necessários". Instituída pela Portaria 874/2013, do Ministério da Saúde, a Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde visa reduzir a mortalidade e a incapacidade causadas por todos os tipos de câncer e diminuir a incidência de alguns tipos da doença, bem como contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos usuários com câncer, por meio de ações de promoção, prevenção, detecção precoce, tratamento oportuno e cuidados paliativos.
Segundo o presidente do Sindpd, Antonio Neto, a realização de políticas públicas para conscientizar as brasileiras sobre a gravidade da doença e promover a realização da mamografia regular é fundamental para diminuir drasticamente as milhares de mortes por ano no Brasil. "Assumimos, em 2015, o compromisso de trabalhar incessantemente pela valorização e empoderamento das mulheres. O Outubro Rosa é uma campanha importante para levar às famílias brasileiras a necessidade dos exames periódicos para combater a doença em estágio inicial", disse. "Para isso, o papel do poder público é essencial. É dever do Ministério da Saúde e do governo promover ações e desenvolver pesquisas que garantam a qualidade de vida das mulheres e de todos brasileiros", completou.
Políticas Públicas de Gênero
Uma das iniciativas promovidas pelo Sindpd este ano para a valorização da mulher e a busca pela igualdade de gêneros será a realização de uma edição especial do Programa de Qualificação Profissional que a entidade faz periodicamente. Desta vez, voltado exclusivamente para as funcionárias do Sindicato, será apresentado, no dia 24 de outubro, o Seminário sobre Políticas Públicas de Gênero, desenvolvido pela Fundação Ulysses Guimarães e mediado pela Pontua, empresa especializada em cursos voltados para a capacitação profissional.
O curso tem o objetivo de resgatar parte da história das mulheres no Brasil e avaliar conceitos como empoderamento, igualdade e equidade de gênero. O Seminário abordará também temas como a violência contra as mulheres, a saúde, os direitos sexuais e reprodutivos, o mercado de trabalho e a participação delas na política. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual feminino no Congresso Nacional não chega a 10%.
"Proporcionar às mulheres salários iguais aos dos homens, condições de trabalho dignas e a consciência de que elas desempenham pape fundamental em nossa sociedade é contribuir para seu bem-estar e o desenvolvimento do Brasil", destacou Antonio Neto.
Como parte do Programa de Qualificação Profissional, o Sindpd promoverá também para as funcionárias, no dia 23, a exibição do filme Julie e Julia, com Meryl Streep e Amy Adams, seguido de debate.
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