A indústria nacional, que fabrica equipamentos de telecom, espera triplicar o faturamento com o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que dá preferência para equipamentos produzidos localmente. A previsão de crescimento é de representantes do setor que participaram hoje, 7/4, em Brasília, de reunião com os coordenadores do projeto.
O plano vai incentivar a indústria nacional na produção de equipamentos para construção da infraestrutura que levará banda larga para cerca de 40 milhões de domicílios no Brasil, com isenção de incentivos. O governo promete modem para todos com a desoneração de PIS/Cofins e desconto de 100% de IPI incidente sobre equipamentos de telecom produzidos no Brasil.
Para saber se o PNBL atendia as necessidades do setor, o governo convidou empresários para expor opiniões sobre a proposta. Participaram do encontro oito representantes da indústria nacional do encontro realizado com o coordenador do PNBL Cezar Alvarez; o secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Rogerio Santana; e a ministra da Casa Civil, Erenice Guerra.
Para o presidente da Gigacom, Roque Marcelo Versolato, o PNBL é muito importante para o setor. Segundo ele, o plano vai possibilitar que a indústria nacional produza em larga escala e tenha preço competitivo para fazer frente aos fornecedores multinacionais, como Alcatel, Motorola, ZTE e Huawei, etc.
Com o aumento da produção, Versolato afirma que as empresas ganham capacidade para atender o mercado local e também exportar. “O Plano Nacional de Banda Larga é muito bom, não apenas para a indústria, mas para o Brasil, que vai gerar mais emprego e recolher mais impostos”, diz o empresário.
De acordo com o executivo, o Brasil fabrica atualmente todos os equipamentos que PNBL precisa, sem necessidade de recorrer a fornecedores internacionais. Ele diz que existem atualmente no País cerca de dez fabricantes que produzem modems, equipamento ópticos, roteadores, switches e as os sistemas que levam o sinal até os usuários, entre outros.
Com o PNBL, as estimativas do empresário são de que essas empresas vão triplicar o faturamento até 2014, que atualmente está em 1,2 bilhão de reais e aumentar o número de empregos de 2,5 mil para 7,5 mil colaboradores.
O presidente da Padtec, Jorge Salomão, acrescenta que PNBL atrai todos os fabricantes pela demanda de equipamentos que vai gerar da indústria, mas que os fabricantes vão levar vantagem por poderem ser mais competitivos. Versolato lembra que, apesar dos incentivos, a indústria nacional terá de cumrpri todos os requisitos de uma licitação.
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