Mais de 400 pessoas, entre diretores, ativistas e lideranças ligadas ao SINDPD em todas as regiões do estado de São Paulo participaram, nesta terça-feira (1º de junho), da I Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, evento organizado pelas centrais sindicais (CGTB, CUT, Força Sindical, CTB e Nova Central), no estádio do Pacaembu, em São Paulo.
Os dirigentes do SINDPD se somaram ao grande número de sindicalistas que coroaram um processo de unidade que vem sendo construído nos últimos oito anos. Unidade esta que foi impressa numa agenda conjunta – aprovada pelos mais de 25 mil participantes – que defende um projeto nacional de desenvolvimento e busca “impedir retrocessos, garantir e ampliar direitos dos trabalhadores”.
“O SINDPD sempre teve consciência da importância da unidade dos trabalhadores para o avanço da nossa luta. Por isso, da mesma forma que estivemos presentes na Conclat de 1981, ainda como APPD (Associação dos Profissionais de Processamento de Dados), consideramos fundamental dar a nossa contribuição para o sucesso desta Conferência que, sem dúvida, será um marco na história do nosso país e contribuirá decisivamente para conquistarmos novos avanços”, afirmou o presidente da CGTB e do SINDPD, Antonio Neto.
Neto ressaltou ainda que esta participação e sintonia com as lutas nacionais das centrais sindicais têm um reflexo direto nas lutas travadas pelos sindicatos. “Ao aprovarmos uma agenda que coloque as necessidades dos trabalhadores – que na verdade são os problemas enfrentados pelo conjunto do povo – estamos respaldando as batalhas pontuais dos sindicatos. Cito o exemplo da redução da jornada de trabalho. Nossa categoria tem clareza de que o movimento unificado das centrais sindicais contribuiu para criar uma consciência sobre a necessidade das 40 horas. Isso nos ajudou para conquistarmos a jornada menor em nossa Convenção Coletiva. Por outro lado, a nossa conquista também ajudará os demais trabalhadores a obterem este direito. A luta é de todos, por isso estamos orgulhosos de contribuirmos com este processo”, disse Neto.
Para o secretário de finanças do SINDPD e presidente da CGTB-SP, Paulo Sabóia, a Conferência foi fundamental para consolidar a unidade dos trabalhadores. “O evento aprofundou a unidade que já havia entre as centrais. Na construção da Conferência já se percebia um esforço pela unidade e saímos de lá com um grande sentimento de estamos muito mais fortes e unidos”, disse Sabóia, acrescentando que, “neste sentido, o SINDPD teve uma participação fundamental, foi a entidade que vertebrou a caravana da CGTB de São Paulo”.
Na opinião do vice-presidente do sindicato, João Antonio Nunes, a participação do SINDPD foi vibrante, “refletiu a representatividade que temos no estado de São Paulo ao mobilizar o conjunto dos ativistas e diretores que trabalham diariamente para representar e defender os direitos das profissionais em tecnologia da Informação”.
Representante da nova geração de dirigentes sindicais, o Secretário de Educação e Cultura do SINDPD, Emerson Morresi, falou sobre o reflexo da Conclat na luta em defesa dos direitos. “Este documento aprovado pelas centrais sindicais, onde a valorização do trabalho e o respeito aos direitos trabalhistas tem grande peso, terá um impacto muito positivo na nossa luta para combater o aviltamento das seguranças e garantias dos trabalhadores. Se de um lado a ação dos sindicatos atacam os graves problemas que afetam o mercado de trabalho neste campo, no âmbito geral esta unidade tende a garantir mais força de pressão para que as leis sejam cumpridas ou para que novos mecanismos sejam criados para barrar a ação dos predadores”.
Fotos: Michele e Cláudia Mifano
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