“Esta nova agenda de desenvolvimento busca acompanhar a evolução que o país alcançou nos últimos oito anos. Após conquistarmos vitórias importantes na redução da desigualdade social, consideremos que agora precisamos investir pesado na educação e na inovação tecnológica para assegurar que o Brasil se desenvolva efetivamente”, afirmou o presidente da CGTB, Antonio Neto, durante a reunião ampliada do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), realizada em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC), em Florianópolis, em 3 de setembro, para apresentar a Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC).
Coordenado pelo Ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República e Secretário-Executivo do CDES, Alexandre Padilha, o evento teve como palestrantes os conselheiros do CDES, Antônio Fernandes dos Santos Neto, (Presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil – CGTB) e Sônia Regina Hess de Souza, presidente da Dudalina.
Ao fazer um histórico do CDES, o ministro Alexandre Padilha lembrou que o conselho surgiu da necessidade de criar um espaço para reunir os distintos setores da sociedade para promover debates e construção de propostas necessárias para o país. Hoje, este debate está sendo levado para as mais variadas regiões, buscando com isso envolver ainda mais o conjunto da sociedade organizada, ouvindo as diversidades regionais, no debate dos temas fundamentais para o desenvolvimento do Brasil.
Segundo o ministro, muitos problemas elencados pelo CDES em seu surgimento, estão sendo resolvidos, como a redução da desigualdade social. Além disso, “várias propostas muito importantes para o país como, por exemplo, o crédito consignado e a lei geral das pequenas e micro empresas, surgiram de uma proposta do Conselho. O CDES foi decisivo para a aprovação destes dois temas no Congresso”.
A conselheira Sônia Regina Hess de Souza falou sobre as necessidades locais. Segundo ela, Santa Catarina é um estado muito rico, com divisões claras na produção industrial, mas falta para o estado uma atenção maior na infra-estrutura, principalmente no setor de transporte rodoviário, ferroviário e aéreo. “Hoje possuímos somente uma rodovia duplicada no Estado, que vai até Florianópolis. Santa Catarina merece uma atenção maior neste ponto de infraestrutura”, afirmou Sônia.
A Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento (ANC) foi aprovada pelo Conselho e apresentada ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 17 de junho deste ano. Após o período mais agudo da crise econômica internacional, os conselheiros concluíram que o Brasil está em um novo patamar de desenvolvimento.
Para dar continuidade a esse ciclo, eles elegeram nove desafios:
1) Os novos horizontes da educação;
2) Desafios do Estado democrático e indutor do desenvolvimento;
3) A transição para a economia do conhecimento;
4) Trabalho decente e inclusão produtiva;
5) Padrão de produção para o novo ciclo de desenvolvimento;
6) O potencial da agricultura;
7) O papel da infra-estrutura: transportes, energia, comunicação, água e saneamento;
8) A sustentabilidade ambiental;
9) Consolidação e ampliação das políticas sociais.
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