Em reunião realizada nesta terça-feira (11), em São Paulo, as centrais sindicais (CGTB, CUT, Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central) decidiram realizar uma série de movimentos nacionais pelo aumento do Salário Mínimo para R$ 580,00. Além disso, as centrais lutam pela correção da Tabela do Imposto de Renda, repondo a inflação de 2010, e pelo reajuste do salário dos aposentados que recebem acima do mínimo nos patamares de 2010, quando o governo concedeu um aumento que representou 80% do que foi dado ao piso.
Entre as medidas que serão adotadas pelos dirigentes estão a divulgação de uma nota unitária expondo as razões para o governo conceder o aumento do mínimo acima dos R$ 540,00 propostos; a realização de uma manifestação no dia 18 de janeiro em São Paulo e o pedido de audiência com a presidenta Dilma Rousseff, a fim de retomar as negociações iniciadas com o governo no final do ano passado.
As centrais sindicais e seus sindicatos filiados também ingressarão com ações na Justiça para solicitar a correção da tabela do Imposto de Renda e a devolução das perdas acumuladas desde 1995, cuja defasagem de reajuste já ultrapassa 70%, segundo dados Sindifisco Nacional. Na esfera política, as centrais reivindicam que, no mínimo, a correção da tabela seja feita imediatamente com a inflação de 2010, evitando que os ganhos salariais conquistados no ano passado sejam corroídos pelo IR.
“Nós temos um acordo com o governo que pretende recuperar o salário mínimo gradativamente até 2023. Esta política estipulou uma base para o aumento, não um teto, que é a inflação e o PIB de dois anos antes. Para que a recuperação ocorra é necessário ter aumento real, senão estaremos criando um hiato neste processo que se mostrou extremamente benéfico para o país”, afirmou o presidente da CGTB, Antonio Neto.
Neto destacou que as centrais sindicais estão cobrando do governo a retomada das negociações iniciadas em dezembro e que foram suspensas intempestivamente no final do ano. “Quando a oposição apresentou uma proposta eleitoreira para aumentar o mínimo para R$ 600,00 e acabar com a política de recuperação, as centrais sindicais que apoiaram Dilma se posicionaram contra a demagogia. No mesmo período, a nossa presidente assegurou que concederia aumento real para o mínimo neste ano. Agora precisamos debater qual será este patamar. Nós temos convicção de que é possível chegar aos R$ 580,00, valor justo e que será fator fundamental para a política de erradicar a miséria no país”, acrescentou Neto.
Sobre a correção da Tabela do Imposto de Renda, Neto, que também preside o Sindicato Dos Trabalhadores em Processamento de dados de São Paulo (Sindpd) afirmou que ingressará com uma ação pela recuperação das perdas e pela correção das faixas de cobrança em prol da categoria.
Fonte: Agência Brasil
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