O Secretário de Gestão Pública do Estado de São Paulo, Julio Semeghini, recebeu nesta terça-feira (18) o presidente e vice do Sindpd, Antonio Neto e João Antonio Nunes, para discutir os problemas ocorridos na Prodesp. Além da perseguição aos membros do Conselho de Representantes dos Empregados (CRE), os dirigentes do Sindpd levaram ao secretário uma lista de reclamações que vão desde a contratação de cooperativas fraudulentas à enxurrada de ações trabalhistas que estão sendo movidas contra a estatal.
“O secretário, que já foi presidente da Prodesp anteriormente, foi muito receptivo às nossas demandas. Nos relatou, de uma forma geral, as mudanças que o governo do Estado irá implementar em São Paulo, sobretudo no que envolve o relacionamento com o movimento sindical e na valorização dos servidores públicos. Conhecendo a história política do secretário, posso afirmar com tranqüilidade que a Prodesp passará a dialogar e a respeitar seus funcionários, sua direção conduzirá as negociações de uma forma a somar esforços pelo bem da empresa, o que significa a melhoria das condições de trabalho e do seu gerenciamento”, relatou o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
De acordo com o relato do presidente do Sindpd, o secretário disse que considera fundamental recuperar o status de excelência dos serviços prestados pela empresa, o que significa a melhoria do atendimento aos clientes e a valorização cada vez maior dos profissionais.
Antonio Neto entregou ao secretário uma cópia de toda a documentação que havia sido entregue ao governador Geraldo Alckmin, durante o café da manhã realizado na quinta-feira, no Palácio dos Bandeirantes. No material, Neto ressalta que a direção da empresa tem promovido uma perseguição implacável e ilegal para com os funcionários que integram o CRE, que se estendem desde a suspensão dos trabalhadores até a demissão por justa causa, atos subscritos em auditorias e acusações infundadas.
Os abusos se intensificaram em março de 2010, logo após a categoria ter conquistado o reajuste salarial de 6%. Depois a manifestação da empresa de que não aplicaria o índice, os empregados da PRODESP, em conjunto com o SINDPD, iniciaram uma mobilização de convencimento para que a conquista fosse assegurada. Após reunião realizada entre o sindicato e os representantes do CRE, o RH, em ato de violência, suspendeu, sem justificativa, de 3 a 10 dias, os três membros da direção do colegiado; ato contínuo, promoveu a extinção do Conselho. Não satisfeito, o RH alterou o regulamento eleitoral e convocou eleições para a formação de um novo CRE, impedindo que funcionários suspensos concorressem a uma vaga.
Na sequência, a direção da PRODESP demitiu o então presidente do CRE, Sr. Cláudio Felipe Bernardo, sem respeitar até mesmo o término da fraudulenta sindicância instaurada contra o mesmo.
“Diante dos fatos – que relatamos em detalhes nos diversos documentos em anexo – pedimos à Vossa Excelência que sejam anuladas as medidas de suspensão dos funcionários do CRE; que o Sr. Cláudio Felipe Bernardo seja reintegrado aos quadros da empresa, tendo a sindicância anulada; que a direção da empresa respeite a legislação e permita a livre o organização dos trabalhadores e que incorpore – conforme reza seu estatuto – o representante do CRE no Conselho de Administração da empresa”, afirma o ofício entregue ao governador e ao secretário.
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