A segunda rodada da negociação salarial dos trabalhadores de Tecnologia da Informação (TI) aconteceu ontem (19/01) e não avançou muito em relação à primeira, quando foi colocada na mesa a proposta de 5,9% de reajuste salarial para a categoria. Por isso, o Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados e Tecnologia da Informação (Sindpd) solicitou interromper as negociações.
Durante a reunião, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, classificou a proposta como indecorosa. “Me sinto ofendido com esse índice. É difícil acreditar que o sindicato patronal levou uma semana para reunir diretores e representantes de empresas em assembleia para apresentar um acréscimo de 0,1% na proposta inicial”, afirma, completando que o sindicato não fará contraproposta. “As negociações estão suspensas até o sindicato patronal entender que o reajuste do salário dos trabalhadores de TI precisa ser reflexo do desempenho do setor.”
A comissão patronal negou novamente as reivindicações de melhoria da Convenção Coletiva de Trabalho, especialmente a inclusão da obrigatoriedade da Participação em Lucros e Resultados (PLR) de 80% do salário, mais parcela fixa de R$ 200, e do auxílio-refeição.
“A reclamação dos empresários é que existem muitos encargos na folha. Contudo, ao propormos mecanismos previstos em lei, que asseguram benefícios importantes para os trabalhadores e servem como ampliação dos ganhos sem aumentar os encargos e funcionam como uma linha base para instituir a competitividade leal entre as empresas, as propostas são rejeitadas”, argumenta Antonio Neto.
A proposta do Sindpd solicita um reajuste de 13,41%. O valor, segundo o presidente do sindicato, repõe a inflação, repassa variação do PIB (produto interno bruto) e é próximo da média do crescimento das empresas.
Fonte: Computerworld
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