O Sindpd conclama a todos os profissionais de tecnologia da informação do Estado de São Paulo a exigir do seu patrão respeito e valorização. FAÇA GREVE, junte-se aos protestos do Sindpd a partir do dia 21 de março (SEGUNDA-FEIRA). Clique e leia as orientações.
Muitos companheiros confundiram o início das operações, divulgando que as mesmas seriam na sexta-feira (18). Esta é, na verdade, a data permitida pela lei após o trâmite das ações jurídicas adotadas. Mas, tendo em vista a audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho (clique aqui), o movimento desta sexta-feira (18) será classificado com operação padrão nas empresas. Orientamos os companheiros a entrarem com uma hora de atraso. Uma hora a menos para o patrão, mais dignidade para você. Não faça nada além das atividades normais. Não aceite fazer hora-extra.
A paralisação é o único caminho para o patronal entender que o profissional de tecnologia da informação não quer tapinha nas costas. Queremos uma remuneração digna, valorização profissional e, acima de tudo, RESPEITO.
Contudo, bastou aumentarmos a voz para muitas empresas já reporem a inflação. Com a greve, nossas conquistas serão maiores. O contrário também é verdadeiro, ou seja, se não nos mobilizarmos, nada mais será concedido. A vitória está em nossas mãos.
Queremos aumento real de salário (11,9%), vale refeição de R$ 15,00 por dia, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ampliação dos pisos da categoria, licença maternidade obrigatória de seis meses, entre outras reivindicações.
Mas após varias rodadas de negociação, o sindicato patronal se limitou a oferecer apenas a reposição da inflação (6,47%), nada mais. Ou seja, num ano em que as empresas aumentaram brutalmente seus lucros, ofereceu zero por cento de aumento, nada mais.
Isso é um absurdo para um setor que tem obtido crescimento sempre acima do PIB. Em 2010, alcançou um crescimento de 10% a 15%. Em 2009, faturou R$ 52,8 bilhões, 9,3% em comparação a 2008. As empresas exportadoras, entre 2004 e 2007, obtiveram um aumento de 53,4% ao ano na receita líquida.
Vejamos alguns exemplos:
1- Em 2009, a Stefanini aumentou o seu faturamento em 31%. Em dezembro último, a empresa adquiriu a americana TechTeam por US$ 94 milhões, ampliou a atuação da companhia de 17 para 27 países e atingiu faturamento acima de R$ 1 bilhão;
2- Se em 2009, a A Tivit obteve um bom resultado, o que dizer do ano passado, quando reportou lucro líquido de R$ 19,6 milhões no segundo trimestre, o que representa um avanço de 128% sobre o registrado no mesmo período de 2009; A Tivit acabou de inaugurar uma nova unidade em Santos, a 18ª da empresa, consumindo investimentos de R$ 35 milhões. Desde 2009, o faturamento anual da Tivit tem ficado acima de R$ 1 bilhão. Para este ano, a estimativa é de crescer dois dígitos;
3- A Totvs, maior empresa brasileira de software de gestão, amealhou um lucro líquido de R$ 137,9 milhões, 14,6% a mais do que em relação a 2009;
4- A CPM Braxis atingiu um crescimento de 12% em 2009, índice que, em 2010, deve chegar a 20%, representando R$ 1 bilhão em receita;
5- O mesmo ocorre com a PROCWORK; BRQ; DATASIST; ÍCARO TECHNOLOGIES, PRO-LOGOS; POLITEC INFORMÁTICA; RSI; SOFTTEK, ENFIM, COM TODO O SETOR.
Isso é uma ofensa, uma agressão, um desrespeito, uma provocação com os profissionais que se esforçam para ampliar os lucros dos empresários. Por este motivo, companheiros, não cansamos em afirmar que o nosso movimento de GREVE E PARALISAÇÃO não se restringe ao aspecto econômico, mas, sobretudo, para exigirmos o respeito que merecemos e para não nos submetermos à exploração.
Nosso movimento busca o fim da precarização dos direitos trabalhistas que é promovido através do uso de PJs, cooperativas fraudulentas, sereias e outras práticas criminosas utilizadas em nosso setor para burlar o pagamento de impostos. BASTA, QUEREMOS RESPEITO!
Vamos mostrar para os empresários que nós estamos unidos e dispostos a lutar pelo nosso direito. Não queremos nada mais além daquilo que nos é de direito. Queremos ter o nosso trabalho reconhecido, um vele refeição digno, participação numa “pequena” parte dos lucros que produzimos, oportunidades para nos qualificarmos ainda mais e uma melhor qualidade de vida para nossas famílias.
Esta é a hora! Vamos à luta pela dignidade e pelo reconhecimento do nosso trabalho.
GREVE JÁ!
Companheiros,
Para o que o nosso movimento seja vitorioso e para que a mobilização tenha o máximo de repercussão, pedimos que os companheiros procedam da seguinte maneira:
1- Tendo em vista a audiência convocada pelo Ministério Público do Trabalho (clique aqui), o movimento começará nesta sexta-feira (18) com operação padrão nas empresas e atraso de uma hora na entrada. Uma hora a menos para o patrão, mais dignidade para você. Não faça nada além das atividades normais. Não aceite fazer hora-extra.
2- O início da paralisação será na próxima segunda-feira (dia 21), quando o Sindpd começará as operações nas empresas. O nome de tais empresas não será divulgado para assegurar o sucesso da mobilização. Fique atento, ela pode ser a sua.
3- Na terça-feira (dia 22), o Sindpd continuará as operações generalizadas em todo o estado. Realizaremos manifestações e assembléias em diversas empresas. Fique atento, ela pode ser a sua.
4- Solicitamos que todos busquem convencer seus colegas reticentes a aderir ao movimento. É importante lembrar que o nosso movimento não busca apenas ganhos econômicos, que são muito importantes para nós trabalhadores, mas, sobretudo, que buscamos respeito à nossa profissão e a valorização do profissional de tecnologia da informação.
5- Encaminhe para seus amigos, via e-mail, twiter, facebook, Orkut e outros meios, os manifestos e informações divulgados pelos Sindpd.
6- Para saber mais sobre seus direitos clique aqui.
7- Para denunciar abusos, assédio moral e outras irregularidades promovidas pela empresa clique aqui.
TRABALHADOR DE TI, DECLARE GREVE A QUEM FINGE TE VALORIZAR! QUEREMOS RESPEITO, AUMENTO REAL, VALE REFEIÇÃO E PLR!
Direitos, obrigações e conseqüências da greve
Companheiros
A Constituição Federal em seu artigo 9º assegura aos trabalhadores o direito de greve contra a exploração por parte dos patrões, e a Lei 7.783/89 traça as regras de como ela pode acontecer e ser exercida.
Quaisquer ameaças, assédios ou retaliações que já estejam sofrendo, ou que venham a sofrer, saibam que serão reprimidos pela Justiça e, na persistência, ficarão caracterizados como crime contra a organização do trabalho.
Os caras do lado de lá parece não entender que nós somos a alma do negócio. Eles sabem, quando sabem, administrar. Nós operamos, nós criamos, nós inventamos. Nós não apertamos porcas – sem nenhum demérito aos apertadores de porcas. Nós ensinamos que porca apertar, coisa que eles nem imaginam!
Mas eles sabem retaliar, e nisso são bons, já estão começando.
Que fique claro:
1) O estado de greve que a Assembléia privilegiou demonstra a consciência de responsabilidade desta categoria, do Sindicato, perante as necessidades dos usuários, em que pese a flagrante e sórdida indiferença dos empregadores aos direitos e anseios de seus empregados.
2) O SINDPD observou rigorosamente todos os requisitos legais para a decretação da greve. A greve é legal.
3) O motivo que o levou a consultar a categoria para a deflagração é justo: reajuste salarial compatível com o sucesso das empresas e participação nesta fatia de lucros. Abusividade seria reivindicar que o empregador disponibilizasse, obrigatoriamente, sua casa de praia, flat em Nova Iorque, chateau em Paris, helicóptero ou learjet, para o lazer dos empregados. A greve não é abusiva.
4) A partir do início da greve, que conforme o rito legal ocorre nesta sexta-feira, dia 18, os contratos de trabalho de todos os trabalhadores da categoria ficam suspensos. Isto quer dizer que não podem ser rescindidos, literalmente por qualquer das partes. Por que qualquer das partes? Porque há a hipótese de pedido de demissão induzido, assediado. Casos excepcionalíssimos serão avaliados pelo Sindicato.
5) As empresas não poderão descontar os dias não trabalhados, enquanto não houver uma solução do conflito, quer por acordo, quer por decisão do Tribunal do Trabalho no dissídio coletivo de greve.
6) Deflagrado o estado de greve, qualquer trabalhador pode deixar de comparecer ao serviço, alegando-se grevista.
7) O Sindicato está se articulando e promovendo paralisações sazonais, setoriais, localizadas, por empresa, por tempo certo e/ou indeterminado, sempre sob a proteção da lei de greve, que autoriza “suspensão coletiva, temporária, pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador.”
8) A qualquer momento o comando de greve pode comparecer na porta de sua empresa, conscientizando-o dos motivos da paralisação.
9) O empregado que aderir deve se limitar a não comparecer, ou, comparecendo, a reduzir sua produção, evitando qualquer ato que configure prejuízo material ao empregador.
10) Nenhum constrangimento pode ser admitido. O Sindicato deve ser comunicado imediatamente.
11) Ao final do impasse levado a dissídio coletivo, pode ocorrer de se deliberar, por acordo ou julgamento, pelo desconto, pela compensação ou pelo perdão dos dias parados. Se sobrevier desconto ou compensação, contando-se que vençamos nas nossas postulações, gloriosamente admitiremos as faltas, ou reposição, de mal menor, pela vitória, pela honra!
Mantenha-se informado acessando diariamente o site do Sindicato.
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