São Paulo, 19 de janeiro de 2011 – Sindpd entra com ação para corrigir a tabela do IR dos trabalhadores de TI. Com a iniciativa, o sindicato visa garantir o rendimento dos salários da categoria e evitar que os ganhos conquistados no ano passado sejam corroídos. Isto ocorre porque, em 2011, expirou o acordo firmado entre o governo e as centrais sindicais que reajustava anualmente a tabela do IR em 4,5%.
A correção da tabela do IR é uma questão de justiça, pois minimiza a cobrança de impostos dos trabalhadores e permite que mais recursos permaneçam na economia. “Nós lutamos para conquistar um aumento salarial justo para ampliar a renda do trabalhador. Sem corrigir a tabela, muitos trabalhadores que eram isentos passam a pagar imposto devido ao aumento, fato que acaba diminuindo o ganho ao invés de aumentar. Ou seja, o que era para ser um benefício, vira uma dor de cabeça”, afirma Antonio Neto, presidente do Sindpd e da CGTB.
O Sindpd pede na ação que a correção da tabela do IR seja feita de acordo com a inflação de 2010 – 6,46% segundo o INPC/IBGE – e que desta forma, seja aplicada isenção aos trabalhadores que recebam até R$ 1.595,99. A aplicação da alíquota de 7,5% para quem recebe de R$ 1.595,99 à R$ 2.391,89. De 15% para a faixa de R$ 2.391,89 à R$ 3.189,22. De 22,5% para os que ganham de R$ 3.189,22 à R$ 3.985,00 e, por fim, de 27,5% somente para aqueles que recebam salário superior a R$ 3.985,00. Segundo José Eduardo Furlanetto, chefe do Departamento Jurídico do Sindpd, existe uma enorme defasagem entre a base de cálculo deste ano e a aplicada em 2010 e está havendo confisco de salário pela falta deliberada do reajustamento dos valores de incidência do imposto, com a aplicação de quaisquer dos indicadores econômicos, INPC/IBGE, IGPM ou IPCA.
Centrais iniciam manifestações por mínimo maior e correção do IR
As centrais sindicais iniciaram nesta terça-feira, 18, manifestações em todo o País para reivindicar um reajuste do salário mínimo para R$ 580 e uma correção de 6,47% da tabela do Imposto de Renda (IR). O movimento foi decidido na semana passada, após a primeira reunião conjunta das seis principais centrais sindicais neste ano.
Caso a presidente Dilma Rousseff não respondesse até a última sexta-feira ao pedido urgente de audiência feito pelos sindicalistas, as centrais realizariam as manifestações em, pelo menos, 20 Estados. Em São Paulo, o ato foi realizado nesta amanhã, na Avenida Paulista, na capital.
Em discurso no local, o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e do Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação (Sindpd), Antonio Neto, disse que a pressão será cada vez maior para assegurar o aumento do salário mínimo. “Nós sabemos que a decisão de conceder um aumento maior é política. Por isso, ao mesmo tempo em que pressionamos nas ruas, vamos fazer os movimentos de articulação no Congresso e junto ao governo para obtermos os R$ 580”, afirmou Neto.
No início de janeiro, o presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, protocolou emenda parlamentar que eleva o mínimo para R$ 580. O governo federal elevou o valor do vencimento de R$ 510 para R$ 540 a partir de 1º de janeiro, com correção de 5,88%, e, na última sexta-feira, o valor subiu para R$ 545, a partir de 1º de fevereiro. A estratégia das centrais sindicais é abrir negociação tanto com o Palácio do Planalto como com o Congresso para tentar a aprovação de um valor maior e evitar um veto do Executivo.
Além de passeatas, as entidades pretendem ingressar na Justiça caso o governo federal não corrija a tabela do IR em 2011.
NULL